Violência em escolas vira pauta na Câmara; Vereadores defendem medidas

A frequência de ataques violentos com mortos e feridos nos educandários brasileiros se transformou em grande preocupação nas três esferas do poder público, nos âmbitos dos Executivos e das casas de leis

12/04/2023 00:06:26
Reprodução

A frequência de ataques violentos com mortos e feridos nos educandários brasileiros se transformou em grande preocupação nas três esferas do poder público, nos âmbitos dos Executivos e das casas de leis.

Diante dessa preocupante realidade, casos como os ocorridos nas duas últimas semanas em São Paulo-SP e Blumenau-SC, seguidos de ameaças de ataques em várias cidades de Mato Grosso foram pauta dominante nos debates da sessão ordinária de ontem (terça, 11), na Câmara Municipal de Tangará da Serra.

As discussões se localizaram tanto nas causas como nas medidas necessárias para prevenir e conter ataques. O vereador Sebastian Ramos, que há duas décadas exerce a função de professor em Tangará da Serra, propôs, em sua fala na tribuna livre, um minuto de silêncio em memória das vítimas da violência nas escolas pelo Brasil e, em seguida, discorreu sobre a gravidade da situação, que pode atingir qualquer cidade brasileira. “Todas as medidas possíveis ainda não serão suficientes”, disse, sobre a dificuldade em prevenir ataques. Na sequência, Sebastian chamou os pais à responsabilidade: “Os pais devem estar atentos, vigilantes permanentemente, atentos às tecnologias, aos telefones… Monitorem o que seus filhos veem no celular, no tablet, no computador, nas músicas e em outros tantos lugares”.

Professor Sebastian: “Monitorem o que seus filhos veem no celular, no tablet, no computador, nas músicas e em outros lugares”.

O presidente da casa, Romer Japonês, destacou que o que antes se via e ouvia em outros países a alguns anos agora acontece aqui no Brasil. Ele mencionou as “fake news” e citou ameaças não confirmadas em Tangará da Serra, envolvendo a escola municipal Antenor Soares e outros casos em cidades da região. “Mas temos de desconfiar se são fake news ou não, pois esses ataques podem vir a acontecer”, disse, declarando apoio ao projeto de lei que obriga escolas a terem entradas e saídas com detectores de metais, proposto pelos vereadores Eduardo Sanches, Ademir Anibale e Horário Pereira.

Cartilha

Eduardo Sanches, por sua vez, apresentou na sessão uma Cartilha com propostas de segurança pública para prevenção e reação a ataques em massa nas unidades de ensino do município de Tangará da Serra.

Sanches e os vereadores que o acompanharam no projeto dos detectores de metais participaram da cartilha onde consta um levantamento de ataques a escolas brasileiras nos últimos 12 anos. Nestes estudos de casos são destacados, em especial, a saúde mental dos infratores e a prática de bullying, que são, invariavelmente, as origens da violência.

Propostas

A cartilha forma um conjunto de 11 propostas, sendo elas: Criação do Comitê Integrado de Segurança Escolar; Elaboração de planos de emergência; Ampliação dos sistemas de vigilância e videomonitoramento na rede municipal de ensino; Instalação de alarmes e de ‘botão do pânico’; Criação de um canal de denúncia exclusivo para a comunidade escolar; Aumento das rondas da Guarda Municipal; Criação de programas de conscientização com cartilhas e palestras sobre saúde mental; Controle de acesso nas unidades escolares; Produção de relatórios pela instituição de ensino; Plano de acolhimento no retorno às atividades após atentado consumado; Melhorias na infraestrutura das unidades de ensino.

 


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Fonte: Enfoque Business



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