Criminal

Polícia Civil deve fazer reconstituição da morte de adolescente no Alphaville

A reprodução simulada dos fatos, popularmente conhecida como reconstituição de crimes, é o processo de simular as circunstâncias e o ambiente onde alguma transgressão foi praticada por meio de evidências e depoimentos

31/07/2020 03:53:57
Reprodução

A Polícia Civil deverá fazer, nos próximos dias, a reconstituição da morte de Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, morta com um tiro, supostamente acidental, efetuado pela própria amiga, de mesma idade, no condomínio de luxo Alphaville, em Cuiabá. O delegado Wagner Bassi, da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) ainda aguarda a entrega dos laudos periciais.

 A expectativa era que os laudos, principalmente o de necropsia e balística, ficassem prontos nesta semana. Porém, devem ser entregues até o início da próxima.
 
A reprodução simulada dos fatos, popularmente conhecida como reconstituição de crimes, é o processo de simular as circunstâncias e o ambiente onde alguma transgressão foi praticada por meio de evidências e depoimentos.
 
Na prática, é usada para verificar e determinar a mecânica e o modus operandi do fato, bem como esclarecer aspectos do crime, identificar possíveis agravantes ou até premeditação. A reconstituição está prevista no art. 7º do Código do Processo Penal, mas desde que a simulação dos fatos não contrarie a ordem pública ou a moralidade do acusado.
 
A simulação é realizada no mesmo local onde ocorreu o crime, a fim de determinar distâncias, duração e tempo hábil para praticá-lo. Há fatores que são cruciais na reprodução: horário do crime, réplicas das armas usadas, roupas de tipos e cores semelhantes, veículos de marcas, modelos e cores semelhantes e até sons ouvidos no momento da transgressão.
 
O acusado, pelo direito de não se incriminar, pode se recusar a participar da simulação sem caracterizar desacato à autoridade.
 
O caso
 
Segundo informações da Polícia Judiciária Civil, por volta das 22h30 Isabele já foi encontrada sem vida no banheiro da casa. A amiga informou à Polícia que efetuou o disparo acidentalmente contra a colega.
 
Isabele morreu com um tiro na cabeça (entrou na região da narina e saiu pela nuca), efetuado pela amiga ao manusear uma pistola PT 380, dentro do condomínio Alphaville I, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá.
 
Das sete armas encontradas na residência, duas delas não estavam com o registro no local e por este fato, o proprietário foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo de uso permitido. Ele foi conduzido à DHPP e autuado pelo crime, que é afiançável. Depois de pagar a fiança, foi liberado.


Olhar Direto
Fonte: Olhar Direto



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