Agência Brasil

O Brasil tinha 9,1% de desempregados no trimestre encerrado em julho, mostra o resultado de mais uma Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada pelo IBGE nesta 4ª feira (31.ago).

A taxa está 1,4 ponto percentual abaixo do trimestre anterior, encerrado em abril. É o menor índice da série desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015, quando também foi de 9,1%. O contingente de pessoas ocupadas foi de 98,7 milhões, um recorde na série histórica, iniciada em 2012.

Duas atividades influenciaram mais. Em "Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas", houve acréscimo de 692 mil pessoas (3,7%) em comparação com o trimestre anterior. No setor "Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais", o incremento foi de 648 mil pessoas (3,9%).

"Essas duas atividades, de fato, foram destaques, mas cabe ressaltar que nenhum grupo de atividade econômica apresentou perda de ocupação. Ou seja, todos os setores adicionaram pessoas ao mercado de trabalho", pontua a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios, Adriana Beringuy.

No que diz respeito ao confronto anual, com o trimestre encerrado em julho de 2021, apenas o setor de "Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura" não apresentou crescimento na população ocupada.

Já a força de trabalho -- que soma pessoas ocupadas ou em busca de empregos com 14 anos ou mais de idade -- estava em 64,7 milhões no trimestre até julho de 2022, estatisticamente estável frente ao trimestre imediatamente anterior e 2,8% abaixo de igual período do ano passado (menos 1,9 milhão de pessoas).

Renda média

Os trabalhadores tiveram retração na renda, média de 2,9% a menos no trimestre encerrado em julho em comparação ao mesmo período de 2021, para R$ 2.693, conforme a Pnad Contínua. A diferença é de R$ 80 a menos. O rendimento médio dos considera a soma de todos os trabalhos. Na comparação com o trimestre encerrado em abril, houve alta de 2,9% (R$ 75 a mais).