Covid-19

Cacique Raoni é novamente internado e exame confirma infecção por coronavírus

Seu estado é bom, sem febre, respirando normalmente e sem ajuda de oxigênio.

31/08/2020 07:37:51
Reprodução/ Midia Ninja

O cacique Raoni Metuktire, líder do povo Kayapó, precisou ser novamente internado, em Sinop (447 quilômetros de Cuiabá), pouco mais de um mês após receber alta hospitalar. Exames específicos realizados (tomografia computadorizada e sorologia) confirmaram a presença da Covid-19 em seu organismo. A doença vem se alastrando pela Terra Indígena Capoto/Jarina e tem colocado em risco a vida de centenas de pessoas da região.

Constatou-se alterações na taxa de leucócitos no sangue do cacique e sintomas de pneumonia.  Exames específicos confirmaram a Covid-19. Seu estado é bom, sem febre, respirando normalmente e sem ajuda de oxigênio.
 
A equipe médica do Hospital Dois Pinheiros confirmou que o Cacique teve Covid-19 e que exames mostram presença de anticorpos.
 
A pedido da família, o instituto somente foi autorizado a divulgar as informações depois de ter comprovado que o Cacique Raoni se encontra fora de perigo.  Caso seu quadro permaneça, estável,  ele terá alta em breve.
 
Sua idade já avançada, faz com que seu quadro inspire cuidados e o Cacique Raoni seguirá com assistência médica até ficar completamente recuperado.
 
Anteriormente, o cacique teve um quadro de infecção intestinal. Ele tratou das úlceras gástricas com antibióticos e protetor gástrico.
 
Da etnia caiapó, Raoni é conhecido internacionalmente por lutar pela preservação da Amazônia e pela causa indígena. No último dia 20 de janeiro, ele e outros indígenas lançaram uma carta em que citam, entre outras coisas, ameaças e falas de ódio promovidas pelo presidente Jair Bolsonaro.
 
Raoni Metuktire já foi recebido por autoridades de todo o mundo ao longo de sua militância em defesa dos povos tradicionais e das florestas brasileiras. Ele estava recolhido há alguns anos em sua aldeia, no Xingu, em Mato Grosso, mas voltou à ativa, aos 89 anos diante das queimadas do ano passado e em protesto às políticas ambientais do governo Bolsonaro.


Olhar Direto
Fonte: Olhar Direto



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