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A Polícia Civil deflagrou na manhã desta terça-feira (16) a “Operação Zoião" para cumprimento de mandados de busca e apreensão contra investigados por furto de gado na região de Alto Araguaia (420 km de Cuiabá).
A operação contou com emprego de 12 policiais e cumpriu duas ordens judiciais expedidas pela 2ª Vara Criminal de Alto Araguaia.

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Foram apreendidos duas caminhonetes, compatíveis com aquelas verificadas durante os furtos, e duas armas de fogo, além de diversos apetrechos característicos com a prática dos crimes (cordas, talhas, catracas, correntes, ganchos). 

Também foi apreendido um motor tipo guindaste, que funciona ao ser acionado por controle remoto e tem capacidade de içar mais de uma tonelada, segundo informou a Polícia Civil. 

Investigação

As investigações tiveram início após a Polícia Civil do município verificar um aumento significativo de ocorrências de furto de gado na região.

“Durante as investigações, que tiveram início em 2021, foi apurado que os suspeitos iam até as propriedades rurais da região, inicialmente durante o dia, e usando informações privilegiadas, verificavam a melhor forma de efetuar o furto”, informou a polícia. 

Depois, à noite, eles retornavam ao local e faziam o abate dos animais, utilizando arma de fogo. O transporte dos animais era feito em caminhonetes e depois descarnado para a venda aos receptadores, geralmente restaurantes e churrascarias da cidade, diz a polícia.

Em depoimento nesta terça-feira, um dos proprietários de uma churrascaria da região confessou que adquire gado abatido do principal alvo há mais de dois anos e, inclusive, nesta manhã teria recebido uma vaca inteira em seu estabelecimento.

A Polícia Civil estima que mais de cinquenta animais foram furtados e abatidos clandestinamente na região pelos investigados, nos últimos dois anos. O prejuízo aproximado, para os proprietários rurais, é de mais de 200 mil reais.

“Além de causar prejuízo para os proprietários rurais, pode colocar em risco a saúde da população, uma vez que esses animais abatidos clandestinamente não passam por qualquer tipo de controle sanitário e são consumidos nos restaurantes da cidade”, explicou o delegado responsável pela investigação Marcos Paulo Batista de Oliveira.

Segundo ele, tanto os criminosos responsáveis pelo furto quanto os proprietários dos estabelecimentos que adquirem a carne clandestina, podem responder pelos crimes de furto qualificado e receptação. Os crimes possuem penas de mais de 5 anos de reclusão

O nome da operação faz alusão ao principal investigado, objeto do cumprimento dos mandados de busca e apreensão. As investigações continuam e outras diligências podem ocorrer a qualquer momento.