BARRA DO BUGRES - PAIS MUDAM VERSÃO E DIZEM QUE MENINA NÃO FOI FEITA DE ESCUDO POR ALVO DO CV

Ágatha Thauany, de 3 anos, morreu no lugar de suspeito, que teve a prisão preventiva decretada

24/02/2023 11:04:51
Reprodução

Os pais da menina Ágatha Thauany da Silva Soares, de 3 anos, morta a tiros por dois membros de uma facção que invadiram armados um bar em Barra do Bugres, mudaram a versão inicial sobre o ocorrido e negaram que a filha teria sido feita de “escudo” pelo alvo do crime. Ágatha morreu no domingo, 19, no lugar de Emersson José Santos Silva, vulgo “Doquinha”, que teria dívidas de drogas com uma facção criminosa.

A mudança do relato foi feita durante a oitiva da família à Polícia Civil. Inicialmente, a família contou que Ágatha foi feita de escudo por Emerson para se proteger do ataque dos outros suspeitos. Depois, no entanto, os pais da criança prestaram depoimento e afirmaram, categoricamente, que o suspeito não usou a criança como escudo. Por causa disso, Emersson não pôde ser preso em flagrante pela prática do homicídio.

Dessa forma, Emersson foi preso na noite de segunda, 20, apenas pela suposta prática dos crimes de desacato e resistência à abordagem policial e integração de organização criminosa. Ele passou por audiência de custódia na quarta-feira, 22, na Segunda Vara Cível de Tangará da Serra, e teve a prisão em flagrante convertida para preventiva pela juíza Cristhiane Trombini Puia Baggio.

“Há indícios suficientes do envolvimento do flagrado com facções criminais, pois conforme relatado pelos policiais, no momento da prisão o flagrado afirmou que as pessoas conhecida vulgarmente como ‘Barata’ e ‘Piloto’ queria lhe matar por conta de dívida de drogas, e porque teria mudado de facção criminosa saindo do Comando Vermelho para o Primeiro Comando da Capital”, diz trecho do termo da audiência de custódia.

Conforme a juíza que decretou a prisão, embora os crimes não sejam tão graves, é recomendada a prisão cautelar uma vez que há indícios de que Emersson é integrante de uma facção criminosa e, em liberdade, existe o risco de que ele encontre os mesmos estímulos que o levaram a prática do crime, bem como é forma de "dar maior segurança e tranquilidade ao meio social".

O caso

No dia do crime, "Barata" e "Piloto" desceram do carro e foram em direção do bar, na tentativa de matar "Doquinha". No entanto, erraram os disparos. Segundo a polícia, a criança estava acompanhada dos pais, que não tinham envolvimento com o caso. Logo após a menor ser atingida pelos disparos, foi encaminhada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, porém, não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Câmeras de monitoramento flagraram a ação dos criminosos. Um dos bandidos conseguiu correr para o veículo e fugir com um 3º comparsa, que aguardava dentro do carro, dando suporte para a fuga. O outro suspeito fugiu a pé para uma região de mata.


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Fonte: Diário da Serra Notícias



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