Biorrefinaria de Nova Olímpia integra programa do MT para neutralizar emissões de CO2

A biorrefinaria uisa assumiu mais um compromisso no enfrentamento às mudanças climáticas

02/02/2023 08:09:01
Sergio Roberto

A biorrefinaria uisa assumiu mais um compromisso no enfrentamento às mudanças climáticas. A companhia do setor sucroenergético, localizada em Nova Olímpia (MT), aderiu ao Programa Carbono Neutro MT, na categoria Compromissário, uma iniciativa do Governo do Estado de Mato Grosso que visa reduzir em 80% as emissões de gases de efeito estufa até 2030 com projeção de atingir a meta de neutralização de emissões até 2035.

O Gerente de Sustentabilidade da uisa, Caetano Henrique Grossi, explica que a biorrefinaria vem reforçando as estratégias para uma economia de baixo carbono. “Priorizamos a cultura de descarbonização em nossas atividades e agora com adesão ao Programa Carbono Neutro, além de implementar novas práticas sustentáveis, vamos somar esforços para que Mato Grosso alcance a meta de neutralizar as emissões dos gases de efeito estufa até 2035”, pontuou Grossi.

Com foco na produção de energias renováveis, alimentos e insumos à base de cana-de-açúcar, a uisa vem reforçando os investimentos em iniciativas sustentáveis, priorizando a economia de baixo carbono. As medidas para reduzir a pegada de carbono apresentam resultados positivos. O último inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa da companhia aponta uma redução de 36,4% na emissão total de CO2,   comparando o período de 2020 a 2021.  Somente na área agrícola as técnicas de uso sustentável do solo no cultivo de cana-de-açúcar contribuíram para uma diminuição de 51,50% nas emissões.

A biorrefinaria ainda é certificada pelo programa RenovaBio, sendo qualificada para comercializar créditos de descarbonização (CBios). Na safra 2021/22, foram emitidos 113 mil CBios. Além disso, desde 1993, gera bioenergia para o consumo próprio, produzida a partir da biomassa da cana-de-açúcar e, em 2001, iniciou a comercialização de energia limpa e renovável para as redes concessionárias, contribuindo para a eficiência energética no país.

“Reutilizamos e reciclamos 92% dos resíduos gerados em nossas operações agrícolas e industriais, a exemplo do bagaço da cana utilizado para cogeração de energia elétrica. A energia que geramos, nos torna autossuficientes”, destaca Grossi.

uisa se destaca também, por ter 100% das áreas de produção certificadas em padrão internacional de sustentabilidade. No campo, a agricultura regenerativa da cana-de-açúcar garante a saúde do solo e o sequestro de carbono.  Mais de   40 mil hectares são destinados ao cultivo de cana-de-açúcar priorizando o cuidado em adotar ferramentas, tecnologias e processos que favoreçam a agricultura regenerativa. A companhia conseguiu reduzir nos últimos anos o uso de produtos químicos e incorporou insumos biológicos às rotinas de manejo nos canaviais, como micro e macro inseticidas (fungos, bactérias e vespas parasitoides) que realizam um controle natural de ervas daninhas, pragas e doenças. Também investiu no melhoramento genético para tornar a cana-de-açúcar mais produtiva e resistente ao estresse hídrico e as doenças, além de eliminar a prática de queimar a palha antes da colheita. O próprio cultivo da espécie auxilia na redução da pegada do carbono, uma vez que a cana-de-açúcar, absorve o carbono da atmosfera e possibilita um balanço de carbono positivo para o meio ambiente.

A recuperação de conectividade de habitats através da conservação e reflorestamentos nas áreas de influência do empreendimento contribui significativamente na neutralização de CO2 e seus efeitos frente às mudanças climáticas. A uisa possui mais de 34 mil hectares de vegetação nativa abrangendo os biomas amazônico e cerrado. Mais de 1,5 milhão de mudas foram inseridas em Áreas de Preservação Permanente nos últimos anos, formando verdadeiros corredores ecológicos ricos em biodiversidade.

Com adesão ao Programa, a uisa vai apresentar relatórios anuais a Sema-MT demonstrando os avanços na execução das ações voltadas ao atingimento da meta de neutralização de emissões até 2035.


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Fonte: Enfoque Business



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