Ministro de Minas e Energia anuncia aceleração da transição energética como prioridade
O novo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assumiu o cargo destacando a mineração como uma das linhas de trabalho na gestão, e enfatizando o potencial do setor mineral para o desenvolvimento do país
O novo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assumiu o cargo destacando a mineração como uma das linhas de trabalho na gestão, e enfatizando o potencial do setor mineral para o desenvolvimento do país. No Brasil, em 2022, o setor registrou um faturamento de 75,8 bilhões, segundo dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).
O Senador do PSD de Minas Gerais reforçou a concentração de esforços para alavancar questões referentes à transição da matriz energética. “Vamos concentrar esforços para modernizar nosso parque de geração, investir em tecnologia e na otimização da gestão, sempre olhando para o equilíbrio entre modicidade tarifária e confiabilidade de suprimento. O futuro da nossa geração deve se guiar no rumo da inovação, da ampliação das fontes renováveis, as quais, aliadas à incorporação de tecnologias de armazenamento, de hidrogênio de baixo carbono, colocarão a matriz energética brasileira novamente na vanguarda mundial da sustentabilidade”, aponta Alexandre Silveira.
O setor de mineração recebeu com positividade as propostas apresentadas pelo ministro. Para o diretor de relações institucionais do Ibram, Rinaldo Mancin, o ministro conectou o setor da mineração como a solução para a transição energética. “Não há nenhum tipo de energia limpa e renovável que não demande minerais. E toda essa questão de transformação energética tem sido o principal drive da economia de grandes países como Estados Unidos, Canadá, Europa, então esse é um ponto bastante importante”, diz Mancin.
De acordo com dados do Ibram, as mineradoras no Brasil planejam investir um total de US$ 40,4 bilhões em suas operações entre 2022 e 2026. Desse total, investimentos de US$ 18,8 bilhões já estão em andamento, enquanto outros US$ 21,7 bilhões ainda estão programados.
Segundo Mancin, o setor mineral tem potencialidades de crescimento, pois existe um baixo conhecimento da geologia Brasileira ¬- apenas 23% do território nacional está mapeado. “O Brasil é um país com alta potencialidade para investimentos do setor mineral e, sem dúvida, esse é um ponto na estabilidade dos marcos regulatórios que contribui muito para atração de investimentos”, explica.
Durante o discurso de posse, o ministro ainda defendeu que o país aumente e modernize seu parque de refino de forma a se tornar menos dependente da importação dos combustíveis, e destacou que vai trabalhar para universalizar o acesso à energia e para que as tarifas sejam reduzidas “de forma ampla, estrutural e duradoura”.
O Ministério de Minas e Energia é o responsável por cuidar das áreas de petróleo e gás natural, energia elétrica e mineração. Ficam vinculadas à pasta as estatais Petrobras, Petróleo S.A. (PPSA) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
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Fonte: Enfoque Business
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