ASCOM

Ao final da tarde, nuvens carregadas que surgiam ao norte do horizonte já anunciavam as chuvas. Por volta das 19h00 já ocorriam precipitações fracas em alguns pontos da cidade. Os maiores volumes, porém, vieram na madrugada, com trovoadas e vento.

Na região da Estação de Captação, Tratamento e Distribuição de Água de Tangará da Serra (ETA Queima Pé) as chuvas somaram 108 milímetros, segundo informações do Samae. Na região da Cidade Alta, proximidades da APP do Córrego Figueira (importante tributário do Queima Pé) houve relatos de 130 milímetros. A redação recebeu, também, relatos de volumes de 110 milímetros no Jardim Califórnia, Jardim Shangrilá, Vila Horizonte e Vila Santa Teresinha.

Mais para o interior, na região do Assentamento Antônio Conselheiro, os volumes foram bem inferiores. Na Agrovila 17, por exemplo, choveu apenas 07 milímetros.

Recarga

As chuvas que ocorreram neste mês de junho serão, obviamente, importantes para o enfrentamento da estiagem deste ano, em Tangará da Serra.

Segundo o agrônomo e consultor ambiental Décio Siebert, que lidera os trabalhos de recuperação da bacia do rio Queima Pé, a chuva desta madrugada será muito importante para a vazão do manancial que abastece a cidade. “Ainda não podemos mensurar o volume de contribuição destas chuvas para o lençol freático, mas como foram construídas bacias de contenção, curvas de nível e, nesses locais, os intensificadores de recarga para acelerar a infiltração no lençol freático, consequente a disponibilidade de água no manancial será maior”, disse, consultado pela redação.

As chuvas também chegaram em Nova Olímpia (relatos de 50 mm na região central da cidade), Barra do Bugres e Porto Estrela.

Termômetros

Ao contrário do que sempre se espera para esta época do ano, a chuva desta noite/madrugada não provocará queda nas temperaturas em Tangará da Serra e na região. Ao longo da próxima semana, as máximas deverão ficar entre 30°C e 34 graus celsius, enquanto as mínimas não baixarão dos 16°C na área de referência.