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À medida que a invasão da Ucrânia pela Rússia chega ao quarto mês, autoridades em Kiev têm expressado receio de que o prolongamento do conflito possa corroer a determinação do Ocidente de ajudar o país a repelir a agressão de Moscou.

 Os Estados Unidos e seus aliados doaram bilhões de dólares em armamento para a Ucrânia. A Europa acolheu milhões de pessoas deslocadas pela guerra e houve uma unidade sem precedentes na União Europeia pós-Segunda Guerra Mundial na imposição de sanções ao presidente Vladimir Putin e seu país. No entanto, as preocupações domésticas começam a virar prioridade para os líderes europeus, especialmente quando os preços de energia e a escassez de matérias-primas começam a afetar a economia das pessoas comuns que enfrentam contas de eletricidade, custos de combustível e preços de alimentos mais altos. Analistas dizem que o Kremlin pode explorar um conflito arrastado e arraigado e um possível declínio de interesse do Ocidente para pressionar a Ucrânia a um acordo. Acordo este que, inclusive, já foi sugerido por algumas figuras políticas, mas é rechaçado pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. "A fadiga está crescendo, as pessoas querem algum tipo de resultado (que seja benéfico) para si mesmas e nós queremos (outro) resultado para nós mesmos", afirmou Zelensky. A Ucrânia, disse ele, decidirá seus próprios termos para a paz.