Educação Municipal iniciou greve por tempo indeterminado

“É necessário a greve acontecer para que o olhar se volte para as unidades de educação e trabalhadores”

02/06/2022 00:37:11
Diário da Serra

 Os profissionais de quase 20 escolas da rede municipal de ensino de Tangará da Serra iniciaram nesta quarta-feira, 1º de junho, greve por tempo indeterminado. Uma assembleia marcou o início do movimento grevista. De acordo com a presidente da Subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) de Tangará da Serra, professora Francisca Alda de Lima, são diversos os pontos reivindicados pela categoria, sendo o principal deles cumprimento do Piso Salarial Profissional Nacional (Lei 11.738), que deveria ter ocorrido em janeiro deste ano. “Não há que se dizer que somos intransigentes. (…) Já se passaram seis meses. Os sindicatos aguardaram até março, quando o Sintep começou um movimento para a criação de uma comissão para cobrar do Executivo o pagamento de direitos dos trabalhadores da educação”, relata. Desde então, segundo ela, três dias de paralisação foram realizados, em diferentes momentos, para chamar a atenção do Município. “Não foram suficientes. Fomos ignorados, até o momento em que os trabalhadores, reunidos em assembleia, definiram pelo indicativo de greve”, relembra, ao explicar que após isso iniciaram também um trabalho junto ao Legislativo Municipal. “(…) E diante de um governo que não se expressa, não cumpre a legislação, foi necessário chegar onde chegamos”, lamenta. Assim, a educação iniciou a greve por tempo indeterminado a partir deste dia 1º de junho, reforçado em nova assembleia nesta quarta-feira, em que definiram também que estarão em assembleia permanente, todos os dias. “Todos os dias os trabalhadores em greve traçarão suas ações, suas atividades”. Para sexta-feira, por exemplo, está sendo programado um ‘Sextou na Prefeitura Municipal’, com reunião de todos os trabalhadores em greve no pátio da prefeitura. “Esperamos também que os demais trabalhadores que ainda não aderiram a greve, que venham para a luta, para que as conquistas ocorram e mais que nunca torcemos para que se resolva, para retornarmos as salas de aulas, dentro das condições que o financiamento da educação pode proporcionar. A Educação de Tangará da Serra tem recurso, tem dinheiro na conta (...) e não há porque termos uma educação sucateada e as escolas e creches da forma que estão. Então é necessário a greve acontecer para que o olhar se volte para as unidades de educação e trabalhadores”. Outro lado: Em Nota de Esclarecimento a Prefeitura disse que se reuniu com representantes do Sintep e SSERP no dia 20 de abril, para tratarem do reajuste nos vencimentos dos professores, “ficando acordado que após a implantação da recomposição geral anual dos servidores públicos (RGA), seriam feitos os estudos orçamentários e financeiros para atender a reivindicação da categoria. Ainda ficou pactuado que após os estudos seria feita uma nova reunião, marcada para o dia 09/06/2022 e nela apresentada a possibilidade da proposta de implementação do reajuste governamental”. Ainda afirma que a Administração não se esquivou de qualquer negociação. “Portanto, em nenhum momento a Administração negou o reajuste, mas, pelo contrário, comunicou que estaria fazendo estudos acerca do pedido”, finaliza o prefeito Vander Masson, em nota emitida no dia 31 de maio.


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Fonte: DIARIO DA SERRA



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