Marcos Corrêa/Presidência da República

O Governo Federal decidiu aumentar em mais R$ 5,3 bilhões o corte no Orçamento deste ano, necessário para contemplar um reajuste para os servidores federais. A previsão é de que os ministérios da Educação, Saúde e Ciência e Tecnologia sejam os mais afetados pelo bloqueio de recursos.

Desta forma, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, a redução, que era estimada em R$ 8,2 bilhões, até a semana passada, deve chegar a R$ 13,5 bilhões. No entanto, como o decreto com o valor oficial ainda não foi divulgados no Diário Oficial da União, o corte ainda pode sofrer alterações.

O aumento da "tesourada" no Orçamento acontece depois do presidente Jair Bolsonaro anunciar um aumento de 5% para todas as categorias do funcionalismo público. Na ocasião, Bolsonaro disse que, apesar de demandas indiviuais de setores como a Polícia Rodoviária Federal e o Departamento Penitenciário Nacional, o Governo Federal tentaria um acordo para que o percentual de reajuste fosse único para todos os serviores.

"Vou pedir para o nosso pessoal se encontrar com os presidentes dos sindicatos dos servidores e chegar a um acordo. É 5% para todo mundo. Não atende à Polícia Rodoviária Federal, para evitar que entrem em greve. Triste isso aí, gente que está ganhando o teto e quer mais reajuste", afirmou o presidente, durante transmissão nas redes sociais, na última 5ª feira (19.mai).

Bolsonaro também comentou sobre os possíveis efeitos do reajuste no orçamento de alguns ministérios, que perdão as chamadas 'verbas discricionárias', usadas para financiar obras e programas sociais dos ministérios. "O Tarcísio por exemplo, que saiu [do Ministério da Infraestrutura], tinha R$ 8 bilhões lá, vai ser cortado também. Vai deixar de fazer obra para atender esses 5%. Vai cortar da Saúde para poder atender o servidor de saúde com esses 5%. Vai cortar da Educação, Ciência e Tecnologia, Direitos Humanos, Desenvolvimento Regional, Relações Exteriores... vai cortar todo mundo, todos os ministérios vão perder essas verbas chamadas discricionárias, para movimentar o ministério, para investimento", concluiu o presidente, na live da semana passada.