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Eluise Dorileo - O luto pelo suicídio de uma pessoa querida

Eluise Dorileo é psicóloga, terapeuta familiar e maestria nas novas constelações quânticas. Email eluisedorileo@hotmail.com

20/09/2021 10:29:43
Reprodução

Mais de 13 mil suicídios são registrados todos os anos no Brasil e mais de 01 milhão no mundo. Uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

E para quem perde um ente ou pessoa querida fica complicado aceitar o luto.

Resta apenas uma imensa tristeza, culpa e diversas perguntas. "Por que isso aconteceu? Como eu não percebi nada? Será que pode acontecer de novo com a minha família?". Todos querem uma resposta.

Por ser uma situação de difícil compreensão, as vezes os parentes e os amigos se afastam ou não sabem como falar do tema, deixando essas pessoas em situação de grande vulnerabilidade.

Não adianta ficar preso na busca do 'por quê?', já que a resposta foi embora com quem morreu e na verdade a gente não vai encontrar causas, porque o suicídio é sempre resultado de um conjunto de fatores.

Acontece que ninguém sabe como falar com você a respeito, então, simplesmente, ninguém fala nada. Então as pessoas parentes se sentem isolados. As pessoas têm medo e abre uma distância entre você e as pessoas. A dor não passa se você não puder falar. É um momento de compartilhar a dor, oferecer o ombro e não evitar a pessoa enlutada. Falar a respeito pode ser um alívio. Às vezes senão for com um amigo, ou familiar, pode-se procurar ajudar profissional como um psicólogo ou um psiquiatra. E porque não um grupo de apoio de pessoas que já passaram pelo mesmo drama estão agora ajudando outras com sua experiência de vida.

Na verdade podemos comparar o suicídio a um tsunami, que destrói tudo, mas com o tempo e com ajuda  pode-se  se reconstruindo o que se perdeu a partir de uma nova realidade da vida e buscar ser feliz convivendo o antes e o depois do ocorrido. Mas a vida continua e devemos sim seguir em frente. Podemos não superar, mas aprenderemos a aceitar e conviver com  o que temos para hoje.

 

Bora para a Vida!


Eluise Dorileo
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