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A pandemia do novo coronavírus, aumentou um outro problema que preocupam os especialistas: a obesidade infantil. Em audiência nesta segunda-feira (5) da comissão externa da Câmara dos Deputados, que discute as políticas públicas para a primeira infância, foi apontado medidas de urgência para diminuir as consequências da Covid-19, como a má alimentação e a falta de atividades físicas, dois determinantes para o excesso de peso.

Diante do confinamento imposto pela pandemia, crianças e adolescentes passam mais tempo usando telas, são mais inativos e consomem mais alimentos ultra processados. Para as famílias mais vulneráveis economicamente, a perda da renda e o aumento no preço dos alimentos mais saudáveis, agravaram a situação alimentar.

Representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Cristina Albuquerque mostrou que, em 13% das famílias que têm crianças e adolescentes, os menores de 18 anos tiveram problemas de acesso a alimentos por falta de dinheiro. Em 61% delas, aumentou o consumo de fast food e refrigerantes e diminuiu o de frutas e verduras. Ela faz um prognóstico pessimista se não houver políticas públicas urgentes.

“Nós podemos ter, até 2025, 1 milhão de crianças e jovens no Brasil com pressão arterial elevada, outros mais de 100 mil com diabetes tipo 2 na fase adulta e 12,5 milhões de crianças obesas”, alertou Cristina.